Pacientes de tratamentos psiquiátricos denunciam falta de remédio na rede pública do RN

Medicamentos Olanzapina e Ziprasidona são usados no tratamento da esquizofrenia.

Pacientes de tratamentos psiquiátricos denunciam falta de remédio na rede pública do RN. — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi

Pacientes de tratamentos psiquiátricos denunciam a falta de pelo menos dois medicamentos no Hospital João Machado, em Natal. Os medicamentos Olanzapina e Ziprasidona são usados no tratamento da esquizofrenia.

A direção da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) informou por meio de nota que os medicamentos Olanzapina (5mg e 10mg) e Ziprasidona (80mg) são enviados pelo Ministério da Saúde, que está com dificuldade para adquiri-los. A Unicat informou ainda que não há previsão para regularizar essa reposição. “Porém, assim que receber os medicamentos, a Unicat fará o abastecimento”, diz a nota.

Parentes de pacientes que dependem dos medicamentos que estão em falta dizem que já estão há dois meses sem receber a medicação. É o caso do filho de Maria da Conceição da Silva que sofre de esquizofrenia e teve que interromper o tratamento por não ter condições de comprar a medicação que chega a custar até R$ 800 uma caixa. “Meu filho está muito agitado por falta do remédio, gostaria muito da resposta do governo não para amanhã, mas para hoje”, pediu Conceição.

A tia de Dalria também é esquizofrênica e está há mais de um mês sem receber a Olanzapina para o tratamento médico. “Já fui duas vezes essa semana no João Machado e a resposta que me dão é que não tem previsão. Sou de Canguaretama e vou a Natal dar viagem perdida”, reclamou.

De acordo com Thiago Vieira, diretor técnico da Unicat, o problema não é apenas do Rio Grande do Norte. Com a pandemia do Coronavírus, o Ministério da Saúde está com dificuldades para aquisição de alguns medicamentos como os que estão em falta. “Alguns fabricantes que fornecem esses medicamentos para o Ministério da Saúde deixaram de cumprir com a entrega para vários estados”, explicou.

— Por G1 RN.

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