Universidade de Oxford e Atrazeneca retomam testes com vacina contra coronavírus no Reino Unido
Anúncio foi feito pela empresa farmacêutica neste sábado (12).
Os ensaios clínicos para a vacina contra o coronavírus feitos pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford foram retomados no Reino Unido. A medida foi adotada após a confirmação pela Autoridade Reguladora da Saúde de Medicamentos (MHRA) de que era seguro fazê-lo.
Os testes haviam sido interrompidos após uma voluntária apresentar efeitos adversos.
Segundo o comunicado da empresa, a interrupção ocorreu para revisar os dados de segurança por comitês independentes. “O comitê do Reino Unido concluiu suas investigações e recomendou à MHRA que os ensaios no Reino Unido podem ser retomados com segurança”, diz o texto.
“A AstraZeneca está comprometida com a segurança dos participantes do estudo e os mais altos padrões de conduta em estudos clínicos. A empresa continuará a trabalhar com as autoridades de saúde em todo o mundo e será orientada quanto a quando outros testes clínicos podem ser retomados para fornecer a vacina de forma ampla, equitativa e sem lucro durante esta pandemia”, afirma a empresa, em comunicado.
Testes no Brasil
No Brasil, o estudo que envolve 5 mil participantes também deve ser retomado, logo após liberação da Anvisa e do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (Conep).
Em nota, a Anvisa afirmou que não foi comunicada oficialmente pela MHRA, autoridade sanitária do Reino Unido, responsável pela liberação.
“Para que a reativação do estudo clínico ocorra no Brasil, a Anvisa espera receber nos próximos dias o peticionamento da empresa AstraZeneca”, diz o comunicado.
Na prática, o laboratório precisa fazer um novo pedido protocolado para retomar os estudos no Brasil.
“A Anvisa reitera que está comprometida com a celeridade na análise de todos os dados. Ao mesmo tempo, trabalha para garantir a segurança dos participantes do estudo clínico no Brasil”, diz o texto.
Suspensão por uma doença inesperada
A suspensão dos ensaios clínicos é um procedimento padrão que acontece sempre que surge uma doença não explicada em um dos participantes, afirmaram em nota a universidade e a empresa.
Segundo o jornal “The New York Times”, o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal.
Nove vacinas na última fase de testes
Além da candidata da Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca, mais oito vacinas estão na terceira e última fase de testes em humanos, a última antes da liberação.
- Janssen Pharmaceutical Companies (EUA)
- Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (EUA)
- BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer (Alemanha e EUA)
- Sinovac (China)
- Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan/Sinopharm (China)
- Instituto de Produtos Biológicos de Pequim/Sinopharm (China)
- CanSino Biological Inc./Instituto de Biotecnologia de Pequim (China)
- Instituto de Pesquisa Gamaleya (Rússia).
Fonte: G1.