Brasil pede mais tempo para avaliar participação no programa de vacinas Covax

Originalmente, o prazo para inscrição no programa vai até a meia-noite de sexta-feira.

Obter uma vacina com eficácia comprovada não será suficiente para conter a pandemia, pois será necessário garantir sua distribuição. — Foto: Reuters

O Brasil solicitou à Aliança Global de Vacinação (Gavi, na sigla em inglês) uma extensão no prazo para formalizar seu envolvimento na iniciativa Covax Facility, programa mundial para impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, informou o governo federal nesta quinta-feira (17).

Segundo um comunicado divulgado pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), o país estuda “criteriosamente” a participação na Covax e “segue em tratativas” com a Gavi. O prazo original para a inscrição no programa vai até a meia-noite de sexta-feira (18).

O governo brasileiro disse que “outros países” também pediram mais tempo para analisar a participação no programa, sem especificar.

Vacinas mais avançadas contra a covid-19 estão sendo testadas no Brasil. — Foto: Reuters via BBC

A Reuters apurou com um representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que “vários países da América Latina” manifestaram a intenção de solicitar que o prazo seja estendido.

“Tal medida se faz necessária para obter mais informações sobre as condições para a aprovação regulatória, instrumento jurídico aplicável, vacinas em desenvolvimento, suas características de armazenamento e transporte logístico”, afirmou a nota da Secom.

“Essas definições são especialmente importantes em um país como o Brasil, de dimensões continentais”, acrescentou o governo.

Mais de 170 países aderiram ao Covax, uma alocação global de vacinas contra o novo coronavírus coliderada pela OMS que visa impulsionar o desenvolvimento de vacinas para combater a pandemia de Covid-19, informou o diretor-geral da instituição.

“Mais de 170 países aderiram à Covax, ganhando acesso garantido ao maior portfólio mundial de vacinas candidatas”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em comentários pré-gravados em um webinar nesta quinta.

Fonte: Reuters, G1.

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