Nutricionista, endocrinologista e nutrólogo: saiba o que faz cada um e como apoiam no emagrecimento

Nutricionista, endocrinologista e nutrólogo: saiba o que faz cada um e como apoiam no emagrecimento
Você sabe a diferença entre nutricionista, endocrinologista e nutrólogo? Quando deve procurar cada uma? — Foto: Freepik
Você sabe a diferença entre nutricionista, endocrinologista e nutrólogo? Quando deve procurar cada uma? — Foto: Freepik

Nutrólogo, nutricionista ou endocrinologista? Qual o perfil do profissional que pode apoiar pessoas que buscam emagrecer ou enfrentam outras questões relacionadas? Você sabe a diferença entre essas especialidades e quando procurar cada uma? As três são muito importantes para a saúde e bem-estar e podem, em muitas situações, trabalhar em conjunto.

Há diferenças na formação acadêmica de cada uma. O nutrólogo e o endocrinologista são formados em Medicina, com especialização em cada área. Já o nutricionista é formado em Nutrição.

O que faz o nutrólogo?

O nutrólogo estimula o equilíbrio clínico e nutrológico. O profissional trabalha com o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças nutrológicas, que podem envolver desde situações de carências nutricionais (anemia, falta de vitaminas e minerais), doenças nutroneurometabólicas (como obesidade, diabetes, hipertensão) e distúrbios alimentares (bulimia, anorexia, compulsão alimentar).

“Cabe ao nutrólogo identificar alterações no hábito alimentar, na digestão, absorção e excreção de nutrientes, bem como alterações metabólicas que levem ao não aproveitamento desses nutrientes e que justifiquem intervenções terapêuticas que podem mudar o curso das doenças, proporcionando melhor prognóstico ao paciente. Ele também está habilitado para prescrever medicamentos caso seja necessário“, explicam os diretores da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Eline de Almeida Soriano e Nelson Iucif Júnior.

Sobre as diferenças entre nutrólogo e nutricionista, a Abran usa como exemplo outras carreiras complementares, como a Psiquiatria e Psicologia ou Fisiatria e Fisioterapia.

Quando procurar? O nutrólogo deve ser procurado quando há suspeita de algum distúrbio alimentar que possa causar danos para a saúde, principalmente no caso de doenças nutroneurometabólicas. Uma avaliação periódica (check-up nutrológico) também pode contribuir para o diagnóstico precoce de possíveis desequilíbrios nutricionais e prevenção de doenças mais graves.

O nutrólogo e o endocrinologista são formados em Medicina, com especialização em cada área. Já o nutricionista é formado em Nutrição. — Foto: KamranAydinov/Freepik
O nutrólogo e o endocrinologista são formados em Medicina, com especialização em cada área. Já o nutricionista é formado em Nutrição. — Foto: KamranAydinov/Freepik

E o nutricionista?

É o profissional qualificado para prescrever dietas, criar um planejamento e ajudar na reeducação alimentar do paciente. “O diferencial é o atendimento que o profissional, a individualização da conduta, o acolhimento durante o atendimento. O trabalho do nutricionista vai muito além da dieta. Ele entende e compreende todo o contexto envolvido na alimentação, não somente o processo biológico da ingesta de macro e micronutrientes”, explica o nutricionista do Conselho Federal de Nutrição (CFN) Alexsandro Wosniaki, mestre em alimentação e nutrição pela Universidade Federal do Paraná.

“O nutricionista vai entender como a pessoa se alimenta, quais os recursos que ela tem, quais as possibilidades, o que colocar nas refeições, e trabalhar junto com o paciente para chegar em um plano alimentar adequado, que ele consiga seguir e manter”, completa a nutricionista Lara Natacci, mestre e doutora em nutrição pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Quando procurar? Quando existe a necessidade de adequar a alimentação. “Se a pessoa faz um tratamento com endócrino ou nutrólogo e precisa mudar a alimentação, ela deve procurar o nutricionista. Por exemplo: um diabético que tem que controlar a ingestão de carboidratos e doces, alguém que tenha uma alergia alimentar e precise substituir alimentos”, diz Natacci.

Segundo Natacci, a grande maioria dos pacientes quer emagrecer, mas o perfil vem mudando. “Muitas pessoas querem melhorar a qualidade de vida, buscam equilíbrio na alimentação. Também temos os pacientes que estão atrás da nutrição esportiva, que têm algum objetivo específico, como o ganho muscular, perda de gordura”, explica.

Wosniaki ressalta que todos deveriam consultar um nutricionista pelo menos uma vez na vida. “Todos, independente de apresentarmos alguma doença ou a simples vontade de perder peso, podemos melhorar nossa alimentação em algum aspecto“.

O nutricionista é o profissional qualificado para prescrever dietas, criar um planejamento e ajudar na reeducação alimentar do paciente. — Foto: v.ivash/Freepik
O nutricionista é o profissional qualificado para prescrever dietas, criar um planejamento e ajudar na reeducação alimentar do paciente. — Foto: v.ivash/Freepik

O papel do endocrinologista

O endocrinologista também é formado em Medicina. Ele está habilitado para diagnosticar e tratar doenças relacionadas com os hormônios e o metabolismo. Entre as doenças estão: obesidade, diabetes, dislipidemia, osteoporose e hipotireoidismo, além de doenças da hipófise, paratireoides, adrenais, gônadas, distúrbios de crescimento e puberdade.

Quando procurar o endócrino? Segundo Cesar Boguszewski, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o sistema endócrino e metabólico é um dos sistemas de comunicação entre os diferentes tecidos e órgãos do corpo humano, assim como o sistema nervoso e o sistema imunológico.

“São muitas e diversas as manifestações clínicas dessas doenças. As mais relacionadas ao endocrinologista são diabetes e obesidade, mas sempre que houver suspeita ou confirmação por outro profissional da presença de um distúrbio de uma glândula endócrina ou de um distúrbio hormonal, o endocrinologista é o médico a ser procurado”, explica.

Ele cita alguns sintomas comuns associados aos distúrbios hormonais: cansaço excessivo, dificuldade em ganhar ou perder peso, excesso de sede ou aumento no volume de urina, problemas do crescimento e da puberdade em crianças e adolescentes, excesso de pelos, alterações nos ciclos menstruais e aumento da tireoide.

Fonte: G1.

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