Na semana do Dia Mundial do Lúpus, Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização sobre a doença

Na semana do Dia Mundial do Lúpus, Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização sobre a doença

Lúpus é de 9 a 10 vezes mais frequente em mulheres durante a idade reprodutiva.

Nesta terça-feira (10), Dia Mundial do Lúpus, o Ministério da Saúde reforça a conscientização sobre a doença, sintomas e sinais de alerta. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é de 9 a 10 vezes mais frequente em mulheres entre 15 e 45 anos de idade, período compreendido, em geral, após a primeira menstruação e a pré-menopausa.

O LES afeta o sistema imunológico, conjunto responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos. Quando a pessoa tem LES, pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo, que podem surgir de forma lenta e progressiva, em meses ou em semanas.

São reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar; e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

Alguns sintomas são:

  • Febre;
  • Emagrecimento;
  • Perda de apetite;
  • Fraqueza e desânimo;
  • Manchas na pele: lesões avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz;
  • Dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos;
  • Inflamação no rim e na pleura;
  • Hipertensão.

A mortalidade dos pacientes com LES é cerca de 3 a 5 vezes maior do que a da população geral e está relacionada à atividade inflamatória da doença, especialmente quando há acometimento renal e do sistema nervoso central (SNC). De acordo com um estudo epidemiológico realizado na região Nordeste, no Brasil, estima-se uma incidência de LES em torno de 8,7 casos para cada 100.000 pessoas por ano.

Diagnóstico

Para o diagnóstico de LES, é fundamental a realização de anamnese e exame físico completos e de alguns exames laboratoriais, que podem auxiliar na detecção de alterações clínicas da doença. O diagnóstico é estabelecido a partir da presença de pelo menos 4 dos 11 critérios de classificação, em qualquer momento da vida dos pacientes, propostos pelo American College of Rheumatology (ACR).

Tratamento

O tratamento da pessoa com lúpus depende do tipo de manifestação apresentada e deve, portanto, ser individualizado. Dessa forma, a pessoa com LES pode necessitar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase (ativa da doença) e poucos ou nenhum medicamento em outras fases (não ativas ou em remissão). Ao mesmo tempo, o tratamento sempre inclui medicamentos para regular as alterações imunológicas do LES e de medicamentos gerais para regular alterações que a pessoa apresente em consequência da inflamação causada pelo LES, como hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor etc.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza sete tratamentos para a doença, dentre eles: tratamento de complicações de procedimentos cirúrgicos ou clínicos, tratamento intensivo de paciente em reabilitação física, tratamento de paciente sob cuidados prolongados por enfermidades, tratamento de complicações de procedimentos cirúrgicos ou clínicos, tratamento de outras afecções da pele e do tecido subcutâneo, tratamento das poliartropatias inflamatórias e tratamento de complicações de procedimentos cirúrgicos ou clínicos. Além disso, o SUS também oferece medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais.

É necessário enfatizar a importância do uso dos fotoprotetores, que devem ser aplicados diariamente em todas as áreas expostas à claridade. O produto deve ser reaplicado, ao longo do dia, para assegurar o seu efeito protetor.

Fonte: Gov.br, Ministério da Saúde.

*Imagem em destaque: Freepik

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