Coronavírus: taxa de transmissão no país cai mais da metade em 5 meses

Índice hoje está perto do ideal para o controle da pandemia; medidas de distanciamento social e de prevenção foram fundamentais para a queda.

A Prefeitura de Florianóplois, em Santa Catarina, durante testes de Covid-19 montou um drive thru para colher exames da população Leonardo Souza/PMF/Divulgação

A taxa de contágio do novo coronavírus no Brasil caiu de 3 nos primeiros meses da pandemia no país para 1,08 no início de agosto, segundo dados do último levantamento da Universidade Imperial College de Londres, no Reino Unido. O índice já vinha sendo reduzido constantemente, com 2,8 no final de abril e 1,01 em junho, o menor já alcançado pelo Brasil e próximo do nível de controle da pandemia.

O número, também chamado de Rt, indica para quantas pessoas cada infectado transmite o vírus. A taxa calculada nesta semana indica que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 108, portanto. Embora tenha caído, o dado indica que a Covid-19 continua em crescimento no país, mas de forma lenta, segundo classificação da Imperial College.

As razões para essa queda incluem a adoção de medidas de redução da circulação de pessoa, isolamento social, como fechamento de escolas e do comércio, e de prevenção, como uso de máscara, higiene das mãos e distância mínima de 2 metros entre as pessoas. Por outro lado, o relaxamento dessas medidas pode impactar no aumento dessa taxa.

Para a epidemia ser considerada controlada, a taxa de transmissão precisa estar abaixo de 1. Ou seja, quando a média de pessoas contaminadas por um infectado está abaixo de uma, o que indica uma redução no ritmo de contágio. O índice foi atingido por alguns países da Europa, Ásia e África, de acordo a última versão do relatório semanal do Imperial College, que contém dados de 65 países com transmissão ativa do coronavírus.

A taxa brasileira é menor que a de países como Canadá (1,09), Colômbia (1,09), Peru (1,09), Índia (1,12), França (1,16), Argentina (1,16) e Austrália (1,28). Por outro lado, é superior ao da Alemanha (0,72), Suécia (0,55), Espanha (0,84), Portugal (0,85), Bélgica (0,93), Itália (0,94) e Chile (0,94).

Ontem (7), o Brasil tinha 2.912.442 casos e 99.572 mortos registrados pela doença. A média móvel de novas notificações da doença foi de 42.851 e a de novos óbitos de 1.013,9. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana.

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