Bolsonaro rebate Globo e diz que emissora ‘festejou’ marca de 100 mil mortes

O presidente Jair Bolsonaro rebateu editorial do Jornal Nacional (TV Globo) que critica sua atuação durante a pandemia que já matou 100 mil pessoas no Brasil. O chefe do Executivo acusou a emissora de desestimular o uso da hidroxicloroquina, divulgar desinformação e festejar o total de vítimas da doença.  “Uma verdadeira final da Copa do Mundo, culpando o presidente da República por todos os óbitos”.

Bolsonaro divulgou nota sobre o tema em seu perfil no Facebook na tarde deste domingo (9.ago.2020). Eis a íntegra:

De acordo com Bolsonaro, a TV Globo debochou o do uso da hidroxicloroquina. Bolsonaro tomou o medicamento ao ser infectado pela covid-19 e incentiva o uso do remédio como cura para a doença. O medicamento não tem comprovação científica contra o coronavírus. Diversos estudos foram feitos, mas nenhum chegou a essa conclusão. Segundo Bolsonaro, o remédio salvou a vida dele e de milhares de brasileiros.

“O tempo e a ciência nos mostrarão que o uso político da covid por essa TV trouxe-nos mortes que poderiam ter sido evitadas”, afirmou. Segundo o presidente, a “desinformação mata mais até que o próprio vírus”. “Estão com saudades daqueles governantes que sempre os colocavam como prioridade ao fazer o Orçamento da União, mesmo sugando recursos da saúde e educação”.

O Brasil tem pouco mais de 3 milhões de infecções e cerca de 2 milhões de pessoas curadas da covid-19. Outros 100 mil morreram por causa da doença. O país é o 2º país no mundo a ultrapassar a marca. O 1º são oos Estados Unidos. Lá, 164.577 pessoas foram vítimas.

O editorial da TV Globo foi lido durante o Jornal Nacional pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos na noite de sábado (8.ago.2020).

“Todo cidadão brasileiro tem direito à saúde. E todos os governantes brasileiros têm a obrigação de proporcionar para os cidadãos esse direito. As ações dos governantes precisam ter como objetivo diminuir o risco de a população ficar doente. E não somos nós que estamos dizendo isso. É a Constituição brasileira que todas as autoridades juraram respeitar. Está registrado no artigo 196”, começou Bonner.

“O Brasil está há 12 semanas sem 1 ministro da saúde titular. São 85 dias desde 15 de maio. Dois médicos de formação deixaram o cargo porque pretendiam seguir a orientação da ciência. E o presidente Bolsonaro não concordou com essa postura”, continuou Renata Vasconcellos.

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