Estudo traz novas descobertas sobre reduzir a ingestão de sal

Estudo traz novas descobertas sobre reduzir a ingestão de sal
Sal: redução do consumo não diminui número de internações, mas melhora qualidade de vida dos pacientes. — Foto: Mkupiec7/Pixabay
Sal: redução do consumo não diminui número de internações, mas melhora qualidade de vida dos pacientes. — Foto: Mkupiec7/Pixabay

estudo acompanhou 806 pacientes de 26 centros médicos em países como Canadá, Estados Unidos, Chile, Colômbia, México e Nova Zelândia. Todos sofriam de insuficiência cardíaca, uma condição na qual o coração se torna muito fraco para bombear o sangue com eficiência. Metade deles recebia um aconselhamento nutricional tradicional para evitar o condimento, enquanto os demais eram encorajados a adaptar receitas típicas de suas regiões, substituindo temperos por alternativas mais leves, e a evitar comidas processadas. “O que se pode garantir é que qualquer coisa que esteja numa caixa ou numa lata tem mais sal do que se imagina”, afirmou o cardiologista Justin Ezekowitz, professor da Universidade de Alberta.

Qualquer coisa que esteja numa caixa ou numa lata tem mais sal do que se imagina”
           — Justin Ezekowitz, professor da Universidade de Alberta

O objetivo era fazer com que as pessoas utilizassem no máximo 1.500 miligramas de sal por dia, o equivalente a dois terços de uma colher de chá. Antes do estudo, os pacientes consumiam, em média. 2.217 miligramas/dia. Um ano depois, o grupo que teve aconselhamento personalizado havia restringido o uso para 1.658 miligramas, enquanto o restante ainda ingeria 2.072 miligramas. Os pesquisadores compararam os números relativos a internações e mortes dos dois times, mas não encontraram diferença significativa. No entanto, na avaliação de qualidade de vida, os parâmetros eram superiores para os que tinha conseguido reduzir o consumo. O trabalho foi divulgado na 71ª. Sessão Científica Anual do Colégio Americano de Cardiologia e publicado na revista científica The Lancet. É importante lembrar que o sal de cozinha é o cloreto de sódio e cada grama contém 0,4g de sódio que, em excesso, sobrecarrega o sistema cardiovascular. Para indivíduos saudáveis, a dose máxima deveria ser de 5 mil miligramas, ou 5 gramas diárias, mas o brasileiro consome o dobro disso.

Fonte: G1.

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