OMS pede sugestão da população para escolha de novo nome para varíola dos macacos
A entidade prometeu que não será “nada ridículo” e o critério de escolha se baseará em validade científica, aceitabilidade e pronunciabilidade em diversos idiomas.
Depois que um grupo de cientistas divulgou um documento em junho se posicionando a favor de um nome que fosse “neutro, não discriminatório e não estigmatizante”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) abriu nesta terça-feira (16) uma consulta aberta para definir um novo nome para a varíola dos macacos. Em geral, os nomes das doenças são escolhidos por um comitê técnico, mas dessa vez o processo será diferente.
“Qualquer pessoa do público, da academia ou da sociedade civil é bem-vinda para propor novos nomes. Há uma plataforma no site da OMS onde as pessoas podem sugerir nomes”, disse a porta-voz da organização, Fadela Chaib, em uma entrevista coletiva da ONU .
A OMS disse que decidirá entre as propostas “de acordo com sua validade científica, aceitabilidade, pronunciabilidade (e) se podem ser usadas em diferentes idiomas”.
Um dos fortes argumentos para a realização da mudança é porque o atual nome induz ao erro, já que os macacos não são o hospedeiro original do vírus. Até este ano, a varíola dos macacos se espalhava principalmente em um grupo de países da África Ocidental e Central.
Dezenas de envios já foram feitos por uma série de colaboradores, incluindo acadêmicos, médicos e um ativista da comunidade gay. Poxy McPoxface, TRUMP-22 ou Mpox são duas sugestões enviadas pelo público.
As sugestões vão do técnico (OPOXID-22, apresentado pelo médico de emergências, Jeremy Faust, da Faculdade de Medicina de Harvard) ao ridículo (Poxy McPoxface, apresentado por Andrew Yi em alusão a Boaty McBoatface — que quase foi o nome de um navio de pesquisa polar britânico depois de uma votação popular).
“É muito importante que encontremos um novo nome para a varíola dos macacos, porque esta é a melhor prática para não criar nenhuma ofensa a um grupo étnico, uma região, um país, um animal, etc”, finalizou Chaib.
Fonte: G1.
