Covid: ES confirma caso da ômicron XBB.1.5, um dos primeiros do Brasil

Covid: ES confirma caso da ômicron XBB.1.5, um dos primeiros do Brasil
Linhagens da ômicron diminuíram tempo de incubação e início dos sintomas. — Foto: Getty Images via BBC
Linhagens da ômicron diminuíram tempo de incubação e início dos sintomas. — Foto: Getty Images via BBC

O governo do Espírito Santo confirmou o primeiro caso da sublinhagem da Ômicron, a XBB.1.5, no estado. Esse foi um dos primeiros casos reportados no Brasil, até então, de acordo com a a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A descoberta aconteceu a partir da análise da amostra de um paciente que continuava apresentando sintomas gripais, mesmo após receber resultado negativo pelo teste de antígeno, e procurou o atendimento para realizar o RT-qPCR.

No Espírito Santo, as amostras coletadas são examinadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), responsável por fazer a vigilância genômica (isto é, monitorar a presença e evolução genética de organismos causadores de doença) no estado.

“Entre os principais papeis da vigilância genômica está o alerta para a presença de variantes que ainda não foram detectadas por aqui ou até mesmo aquelas desconhecidas. No Espírito Santo, a vigilância genômica atua independente do cenário que a Covid-19”, falou o diretor do Lacen, Rodrigo Ribeiro Rodrigues.

O que se sabe sobre a XBB.1.5

A OMS disse que não há indicação de que ela seja mais grave ou prejudicial do que as variantes anteriores. — Foto: GETTY IMAGES/BBC
A OMS disse que não há indicação de que ela seja mais grave ou prejudicial do que as variantes anteriores. — Foto: GETTY IMAGES/BBC

Em novembro, a Rede de Alerta das Variantes, coordenada pelo Instituto Butantan, detectou pela primeira vez no Brasil duas outras sublinhagens da ômicron: a XBB.1 e a CK.2.1.1.

A XBB.1.5 trata-se de mais uma ramificação da variante ômicron, que é a dominante hoje no mundo. Ela superou as variantes anteriores de coronavírus — Alfa, Beta, Gamma e Delta — desde que surgiu no final de 2021.

A ômicron também deu origem a muitas outras subvariantes contagiosas.

Acredita-se que os sintomas de XBB.1.5 sejam semelhantes aos das cepas anteriores. A maioria das pessoas apresenta sintomas semelhantes aos do resfriado.

A professora Wendy Barclay, do Imperial College London, disse que a XBB.1.5 tem uma mutação conhecida como F486P, que restaura essa capacidade de se ligar às células, mas também tem a capacidade de evitar a defesa imunológica. Isso faz com que ela se espalhe com mais facilidade.

Ela diz que o vírus evoluiu e encontrou novas maneiras de contornar os mecanismos de defesa do corpo.

Mais de 40% dos casos de covid nos Estados Unidos são da XBB.1.5, segundo estimativas. Com isso, essa subvariante já é a dominante no país.

No início de dezembro, ela representava apenas 4% dos casos, mas desde então ela ultrapassou rapidamente outras versões da ômicron.

Fonte: G1 ES.

Deixe um comentário