31/08 – Dia do Nutricionista

Você sabia? A data de 31 de agosto marca o nascimento da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), em 1949, atualmente conhecida como Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). O trabalho deste profissional inclui o apoio à gestão local no planejamento de ações capazes de incentivar a implementação de iniciativas de promoção da alimentação adequada e saudável, monitoramento do cenário alimentar e nutricional da população e, dentre outras, o planejamento alimentar que possa suprir alguma necessidade nutricional de uma pessoa visando a melhoria da qualidade de vida e, se for caso, também o tratamento de doenças.  

Quer um exemplo? Pessoas com diabetes que precisam cuidar da alimentação para controlar o problema. Portanto, consultar um nutricionista para a construção de hábitos alimentares mais saudáveis traz diversos benefícios à saúde. Em ambientes que fornecem alimentação, como escolas, hospitais e restaurantes, os nutricionistas estão aptos a aplicar os parâmetros nutricionais para a acompanhar a produção das refeições nestes estabelecimentos e apoiar a oferta de uma alimentação mais adequada e saudável. No caso dos hospitais, o nutricionista também executa serviços de terapia nutricional. 

Diante disso, já dá para perceber que não precisamos do trabalho nutricional apenas para auxiliar no emagrecimento ou ganho de massa muscular. É um cuidado que precisa ser feito ao longo de toda a vida e em diversos espaços, pois a atenção nutricional compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento de doenças e reabilitação. 

A atuação do nutricionista nas diferentes áreas do Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo ampliada e também tem se tornado mais complexa diante do quadro epidemiológico da população brasileira e da diversificação dos pontos da Rede de Atenção à Saúde que ofertam cuidados em alimentação e nutrição. 

O trabalho daqueles nutricionistas do SUS que têm foco na saúde coletiva envolvem a participação do nutricionista nas Equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária, esses profissionais podem impulsionar a implementação de estratégias que estimulem a alimentação e hábitos saudáveis de uma população, considerando as recomendações dos Guias Alimentares do Ministério da Saúde, em nível individual e coletivo.

É um trabalho com o foco no monitoramento do cenário alimentar e nutricional da população, o incentivo ao consumo da comida de verdade, do aleitamento materno e da introdução da alimentação complementar saudável, da comida caseira, das refeições feitas com calma e à mesa, entre outros. É um trabalho de promoção da saúde por meio de uma consciência coletiva para além do nutriente, da doença, da dieta e da restrição. 

Os nutricionistas que compõem uma rede multidisciplinar de atenção à saúde, composta por diversos profissionais que vão atuar em conjunto no cuidado e na promoção da saúde dos indivíduos, podem elaborar em conjunto com a equipe as rotinas para a organização da atenção nutricional e atendimento para doenças relacionadas à alimentação e à nutrição. 

A carreira que promove a saúde por meio da alimentação adequada e saudável 

Os hábitos alimentares são reconhecidos em todo o mundo como um dos principais fatores determinantes da saúde, tanto na prevenção como no tratamento de doenças. Daí a importância de valorizar o nutricionista nas equipes multidisciplinares de atenção primária à saúde.  

Os princípios orientadores do Guia Alimentar para a População Brasileira, que norteiam o trabalho em prol de uma alimentação adequada e saudável, propõem que alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, sejam a base da alimentação. 

O aumento do consumo de ultraprocessados, que estão sendo colocados no lugar da comida de verdade, são uma preocupação de quem trabalha com a agenda da alimentação e nutrição. Esses alimentos são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. 

Além disso, são formulações industriais com muitos aditivos químicos como conservantes, estabilizantes, corantes, edulcorantes e aromatizantes. O alto teor de sódio em sua composição também é comum por conta da adição de grandes quantidades de sal, necessárias para estender a duração e intensificar o sabor, ou mesmo para encobrir sabores indesejáveis, derivados dos aditivos ou de substâncias geradas pelas técnicas envolvidas no ultraprocessamento. 

A relação entre esses alimentos e as doenças crônicas é direta, ou seja: quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados maior o risco do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e obesidade. 

Falando sobre o que mais propicia o câncer, por exemplo, é possível perceber o forte impacto da alimentação. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer estão: excesso de peso corporal e alimentação não saudável. Ou seja: justamente o baixo consumo de alimentos in natura e minimamente processados, como as frutas, verduras e legumes, associado ao alto consumo de alimentos ultraprocessados. 

Tendo tudo isso em vista, a promoção de uma vida com mais saúde passa inevitavelmente pela alimentação adequada e saudável – um caminho que pode ser melhor percorrido com o apoio de um nutricionista. Esse profissional da saúde apoia todas as etapas da construção de iniciativas e ações que promovam hábitos alimentares baseados em alimentos in natura e minimamente processados. Priorizando o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais e oleaginosas, que são alimentos ricos em vários nutrientes, principalmente em fibras. A regra é descascar mais e desembalar menos.  

Fonte: Ministério da Saúde.