Creatina: 25 marcas do suplemento são reprovadas por impurezas acima do permitido; veja a lista

Creatina: 25 marcas do suplemento são reprovadas por impurezas acima do permitido; veja a lista
Abenutri testou marcas de creatina do mercado brasileiro. — Foto: Unsplash/via O Globo
Abenutri testou marcas de creatina do mercado brasileiro. — Foto: Unsplash/via O Globo

Um relatório realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) reprovou 25 creatinas vendidas no Brasil mediante a quantidade do composto presente nos produtos, dentre as 66 analisadas. Foi detectado que os produtos não apresentavam a concentração mencionada no rótulo.

Para detectar impurezas, é analisada a variação máxima da creatina, isto é, a concentração de outros ingredientes que não sejam o composto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite como até 20%. Contudo, segundo a análise, 10 das marcas obtiveram 100% de variação, em outras palavras, nenhum deles eram feitos de creatina.

— Para surpresa dos profissionais da área de Nutrição existem marcas não tinham nada de creatina e isso é medido pela porcentagem de pureza — analisa a nutricionista Annete Marum, doutora em Genômica Nutricional pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Quais marcas de creatina foram reprovadas?

Lista de produtos reprovados pela associação e fora da porcentagem de impurezas aceita pela agência sanitária (abaixo, a resposta de um dos fabricantes):

  1. Natures Now Researches creatine energy now atp: 96,8%.
  2. Body Nutry suplementos: 86,7%;
  3. Nitro max creatina: 59%;
  4. R74 Pro healthy creatine – 55,7%;
  5. Body Nutry creatina – 54,5%;
  6. Healthy time creatina powder – 53%;
  7. Body action web creatine dual power – 46,2%;
  8. Pro Healthy creatine micronized – 43,3%;
  9. Absolut Nutrition creatina 100% pure – 37,1%;
  10. Muscle full creatina – 32,7%;
  11. Absolut Nutrition creatina Flavor – 32,3%;
  12. Adaptogen hd cret – 24,3%;
  13. Vitamax Nutrition creatine booster – 23,67%.
  14. Body Action creatine double force – 23%;
  15. Ftw creatina ultra – 20,17%;

E os que apresentaram 100% de variação foram:

  1. Healthy labs creatina gourmet;
  2. Ravenna sports creatina micronized;
  3. Impure nutrition creatina;
  4. Nft Nutrition creatina 100% pura;
  5. Sun food creatine pure;
  6. Dymatrix nutrition creatina monohidrate;
  7. Iron tech sports nutrition creatina monohidratada;
  8. Red bolic creatine monster maca palatinose zma;
  9. Airomax creatine;
  10. Dark dragon crea delite.

“Importante salientar que as empresas Supley (fabricante marcas Probiotica e Max Titanium), INTLAB (das marcas AGE, MonsterFeed, Intlab e Cellucor) e BRG (Integralmédica e Darkness) tiveram seus produtos testados, porém entraram com medidas jurídicas para não divulgação dos resultados”, escreveu a Abenutri.

Como identificar se a creatina é falsa?

A creatina falsa apresenta riscos à saúde, especialmente estomacal, pois pode conter ingredientes não mencionados no rótulo. Existe um teste rápido que pode ser feito em casa para identificar se o produto que está sendo utilizado não é original.

Em uma vasilha com três dedos de água, coloque a creatina e mexa. Espere cinco minutos sem fazer movimentos na mistura. Se a água ficar relativamente transparente, enquanto o pó aplicado desce ao fundo, o produto é verdadeiro. Caso surjam pequenos grãos, enquanto a água fica turva, pode ser um sinal de creatina adulterada.

O lado das empresas

Em nota, o grupo Supley afirma que realiza análises rotineiras de todos os produtos e marcas fabricados pela empresa, sem qualquer registro de inconformidade.

Nota na íntegra:

Em respeito aos seus consumidores e ao mercado em geral, o Grupo Supley esclarece que optou pela medida judicial visto que o plano de monitoramento da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) não segue os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes. Entre as inconsistências das análises, cabe destacar:

– O laboratório da Universidade Evangélica de Goiás não é credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas) habilitados pela Anvisa e, por isso, não está apto para realização de análises oficiais e para monitoramento de produtos;

– A pesquisa em questão usa metodologias que não são reconhecidas para o ramo alimentar e de suplementos e legislação desatualizada;

– O documento da pesquisa é assinado por um comerciante de suplementos que não tem formação técnica para tal.

A Anvisa e o próprio Grupo Supley realizam análises rotineiras de todos os produtos e marcas fabricados pela empresa, sem qualquer registro de inconformidade. A companhia adota as melhores práticas para garantir o padrão de qualidade, alguns deles inclusive com selo Creapure, e reforça seu compromisso com o direito do consumidor e a legislação vigente, trazendo total transparência em seus rótulos.

Fonte: O Globo.

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